Admiro quando um autor consegue dificultar a vida dos críticos, passear por diferentes estilos e ainda entreter seus leitores. É praticamente impossível classificar o livro. Será um romance policial, uma novela, um drama? Começamos o livro dentro da cabeça de um professor solteirão e solitário, que sai com alunas como uma forma de preencher um vazio existencial. Logo nos reencontramos com um antigo amor do passado, a primeira paixão, que agora está envolvida em uma trama político-criminosa. Passamos boa parte do livro entretidos com uma boa trama policial, dessas que economizamos as leituras na esperança de que dure mais. Para nossa surpresa, os bandidos são apontados sem maiores entusiasmos e somos transportados para um sensível drama sobre a relação mãe-filho, que apesar de estar presente em todo o enredo, ganha força no final.
Personagens profundos, temas atuais, um romance camaleão, que se desenvolve conforme o leitor. Um grande livro com certeza.
Nota: o título é maravilhoso, primeira mulher pode significar o primeiro amor, a mulher política, ou, o que nos é revelado, a mãe.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário