Não sei se por desleixo ou por acaso tenho lido pouca poesia ultimamente. Confesso que este é o gênero que mais me mete medo, pois muitas vezes leio coisas que não faço a menor idéia de como foram criadas e sei que jamais terei capacidade de fazer algo parecido.
Outro lapso em minhas leituras são as mulheres contemporâneas. Novamente não posso afirmar que seja culpa do meu desleixo ou do acaso, mas não encontrava vozes de autoras por aí. Até que chegou em minhas mãos (gracias, Wendell) esse livrinho, feito artesanalmente. São mais de 100 poemas que tratam do amor, das relações, das despedidas, das saudades, mas também há espaço para a revolta social e para a nostalgia. É interessante ver a sensibilidade feminina nos pequenos detalhes, uma visão totalmente diferente. Deixo aqui o poema 31:
"É aqui"
E colocava a mão no ventre
"É aqui que você me bagunça".
Mas calma, nem tudo são flores. Creio que uma revisão não faria mal a obra. Claro que a poesia usufrui de uma certa liberdade, mas alguns errinhos ortográficos irritam. Além disso, alguns poemas estão um pouco abaixo da média do livro e poderiam ser suprimidos numa próxima edição.
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O que mais me impressiona, e como acontece contigo, me bota medo, é a entrega que a poesia parece carregar. Diferente de outros gêneros literários, a poesia carece de alma, de honestidade, ainda que construída, e nisso a mocinha ai não deixa a desejar.
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